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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Os Filhos de Anansi de Neil Gaiman


É meio prolixo dizer o quanto amo a produção de Neil Gaiman, mas não resisto. Ele é um dos autores favoritos da vida, tento sempre ter um livro não lido dele na minha estante. Se tudo estiver muito confuso, um livro de Gaiman é um porto seguro para montar abrigo, acender uma fogueira, fazer uma refeição e encontrar a força necessária para voltar a luta. Talvez por esse meu amor por Gaiman em 2016 Aleska escolheu me presentear com um volume lindíssimo de "Os filhos de Anansi" publicado pela Intrínseca, não poderia ter acertado mais.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

"Mitologia Nórdica" de Neil Gaiman


Quando descobri que Neil Gaiman escreveu um livro sobre mitologia nórdica eu tinha todos os motivos do Multiverso para ler.

Por um lado, tenho um fraco por narrativas mitológicas. Gosto da forma como elas são resilientes, como mostram a força da oralidade para passar conhecimento, elas antecedem a ciência e sobrevivem a ela, mesmo não possuindo mais o status de verdade, ainda encantando e instigam. E claro, quando tudo em uma aula de história falhar, e muita coisa pode falhar em uma aula de história, uma narrativa mitológica pode salvar a lavoura.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Ícaro [Citação 012]

Ícaro do Recife. Monumento a Sacadura Cabral e Gago Coutinho na Praça 17 no centro do Recife.
"Ícaro! Não é que tenha esquecido de todos os nomes. Lembro-me de Ícaro. Voou próximo demais do sol. Entretanto, nas histórias, valeu a pena. Sempre vale a pena tentar mesmo quando falhamos, mesmo que você entre em eterna queda livre como um meteoro. Melhor ter ardido na escuridão, ter inspirado outros, ter vivido, do que ter ficado sentado nas trevas, amaldiçoando aqueles que tomaram emprestado sua vela e não a devolveram." (Neil Gaiman, em "O homem que esqueceu Ray Bradbury" do livro "Alerta de Risco")
Quando Neil Gaiman resolve escrever para homenagear Ray Bradbury, o incrível autor de Fahrenheit 451 não podia da em nada menos que um daqueles textos incríveis de fazer chorar sozinha ou na companhia serena do gato.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Os 10 melhores livros de 2015.2

Eu sei, esse post está para lá de atrasado, mas é questão de honra! Preciso levar esse empreendimento a cabo. Seguindo a tradição lançada pelo Luciano do .Livro, companheiro de longa data de blogosfera, costumo fazer 2 listas dos melhores livros do ano. Uma no primeiro semestre e outra no segundo. Esse ano o Luciano só fez duas, a do 1º Semestre de 2015 e a geral (confira no link).


Pensei em fazer como ele, mas adoro essa tradição, amo a experiencia de olhar minha lista de livros lidos e ponderar sobre as leituras mais significativas, tirar eles da estante e escrever um pouco sobre cada um, então resolvi fazer o top 10 com as menções honrosas e tudo o mais. Lembrando que, os livros estão em ordem de leitura e não de preferencia.

Então vamos aos livros:


1. "Como Ficar Podre de Rico na Ásia Emergente de Mohsin Hamid: irônico, mordaz e muito honesto Moshin Hamid nos apresenta uma cidade da Ásia cuja realidade politica e social se assemelha muito a das cidades brasileiras. O livro pega emprestado a formula dos manuais de alto ajuda e do gênial Douglas Adans para contar como alguém pobre pode ascender socialmente no meio da lama social da Ásia Emergente e oferece um rico panorama cultural, social e econômico. O livro é lindo e mordaz.


2. "O Discurso Faça Boa Arte de Neil Gaiman: Era uma vez uma menina que foi ao cinema, passou numa banca, viu esse livro por R$ 9,90, pegou o elevador, subiu, chegou na fila do ingresso... deu meia volta e fim. Gaiman é um autor maravilhoso, foi uma gloriosa tarde de leitura regada a chá gelado e torta de limão.


3. "Turma da Mônica: Lições" de Vitor Cafaggi, Lu Cafaggi. Me tornei fã dos irmãos Cafaggi, Lu e Vitor são dois românticos, com um lirismo nostálgico na alma. Em "Lições" as crianças passam por difíceis situações, comentem um erro, são separadas e precisam enfrentar desafios novos e vencer seus bichos e medos. Não da para não se emocionar.


4. "Sandman, Edição Definitiva" Neil Gaiman: tenho a impressão que vivi mais de uma vida enquanto lia Sandman. Comprei o volume 1 em minha primeira loucura do décimo, a vista, abrindo mão de roupa ou sapato novo e depois fui colecionando ao longo do tempo. Chegar ao fim dessa história me deixa nostálgica e com a sensação de ter chegado ao fim de uma época. Eu mudei! E pretendo em breve começar tudo tudo de novo.


5. "Mulheres: Retratos de Respeito, Amor-próprio, Direitos e Dignidade" de Carol Rossetti. Já tinha tido contato com o trabalho da Carol Rossetti através das redes sociais. Seus desenhos e reflexões são fonte de apoio e força a toda mulher que deseja apenas ser o que é sem limites. Foi magico ter seu livro em mãos, ele não é um dos melhores de 2015, é um dos melhores da vida. Fiz resenha para ele no #DoQueEuLeio


6. "300 de Esparta" de Frank Miller. Lembro como ontem como foi que fisguei o 6º ano mais caótico do multiverso e tornei ele "meu"... Só de lembrar das minhas crianças que agora não são mais tão crianças, pois todos cresceram rápido demais e me superaram em tamanho, me vem um sorriso no rosto. Foi o filme "300" que me ajudou quando precisei. Quem quiser me julgar por ter usado esse meio com eles julgue, mas começamos em guerra e agora estamos falando em "Iluminismo" sentado em circulo, cada um falando na sua vez... Eu tinha que ter esse livro na estante, eu tinha que homenageá-lo.


7. "Penadinho: Vida" de Paulo Crumbim, Cristina Eiko: Os Graphics MSP não mereciam citações, eles mereciam um post só para eles, eu sei! São sem duvida uma das melhores coisas que tenho em minha estante. Como irmã de uma criança morta 9 meses antes de meu nascimento foi uma criança fascinada por histórias de fantasminhas, Penadinho foi um dos meus personagens favoritos e Eiko e Crumbim honraram a trajetória e o universo dele construindo uma obra de arte cuja leitura foi um deleite.


8. "Marina" de Carlos Ruiz Zafón, simplesmente um dos melhores livros da vida. Redondo, cheio de referencias a livros que marcaram a minha trajetória como leitora, com uma história envolvente e cheia de mistérios é daqueles livros para ler e reler. Fiz "resenha" para ele no Blog Elaine Gaspareto.


9. "Criaturas da Noite" de Neil Gaiman & Michael Zulli: bem, todos sabem o quanto amo a narrativa do Gaiman e sua imaginação que mistura fantasia e realidade de forma lenta e embalante. Acrescente a isso o traço elegante de Michael Zulli e você terá uma obra de arte. Aquele tipo de livro que a gente tem vontade de abraçar.


10. "Segredos de Uma Noite de Verão", de Lisa Kleypas, de todas as autoras de romance histórico açucarado Kleypas é minha favorita. Saldei com alegria essa nova série dela lançada pela Arqueiro. Tenho amado, não posso deixa ela de fora dessa lista. Para quem gosta do gênero a mor na certa.

Agora vamos as menções honrosas.



"Onde vivem os monstros" & "O aviso na porta de Rosie" de Maurice Sendak. Esses dois livros são daqueles para crianças de 0 a 100 anos. Estou em estado de amor por Maurice Sendak e periga ser um amor para a vida inteira.


Pronto, agora sim meu 2015 terminou e 2016 começou! Um tanto tardiamente, mas... antes tarde que nunca.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

"O mal-estar na cultura" & "Coisas Frágeis"

Comecei a me interessar de forma definitiva pela obra de Sigmund Freud por causa de um amigo, coincidentemente, algo parecido aconteceu com Neil Gaiman. Também foi um amigo, dessa vez  da faculdade, a me fazer ter interesse pelo autor, aliás ele até mesmo me emprestou "Stardust". O tempo passou e hoje leio tanto Freud quanto Gaiman por gosto, curiosidade e talvez até por paixão.

Ambos são autores de sinceridade incomum, sempre tenho a impressão de a titulo de desvendar a psique humana para um e contar histórias para outro, eles desvendam a si mesmo e se desnudam. Ambos possuem a coragem para expor seus ideais e isso de muitas formas me cativa como leitora e ser humano.

Nesse dia de Natal decidi escrever sobre esses dois autores, ou melhor, sobre livros desse autores porque nessa manhã acabei de ler os volumes 1 e 2 do livro "Coisas Frágeis" do Neil Gaiman e ao longo de toda leitura desse livro pensei muito em "O mal-estar na cultura", um livro de Freud cujo tema tem me inquietado nos últimos tempos.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sandman de Neil Gaiman


Não foi "Sandman" o responsável por me fazer amar Gaiman, quem fez essa magica foi "Stardust", um dos livro mais relidos por mim na face da Terra. Porém, conta-se ter sido "Sandman" o responsável por fazer do inglês Neil Gaiman um autor mundialmente conhecido ao longo da década de 1990.

Em poucas linhas, pode-se dizer que "Sandman" é uma série de história em quadrinho com nada menos que 75 números publicados entre 1989 e 1996, todos roteirizados por Neil Gaiman contando com vários outros gênios para dar os contornos de desenhos, cores e letras.

domingo, 5 de julho de 2015

Top 10: Melhores Livros de 2015.1

Já é tradição, em Julho, seguindo o ideia do Luciano do .Livro, faço a lista dos dez melhores livros do semestre. Segundo ele mesmo disse, essa post é um ode ao "tempo que não para".

Sobre a lista, ela foi feita seguindo a ordem da conclusão de cada livro e não de preferência. Os livros citados aqui se equivalem em questão de qualidade. Como não escrevi resenha para cada um deles, optei por comentar cada um deles.


"Ratos e Homens" de John Steinbeck, o Luciano foi o responsável por colocar John Steinbeck no meu mapa afetivo. Em fins de 2014 vi a resenha desse livros no .Livro, o interesse foi imediato. Steinbeck é um observador atento e um contador de histórias consciencioso, a história de todos os personagens é contada de uma forma ou de outra e no final... no final não tem como não se emocionar. "Ratos e Homens" tem peso emocional, nele conhecemos o cotidiano de trabalhadores rurais temporários, homens que vagam de lavoura em lavoura trabalhando muito para ganhar pouco.


"Universo Desconstruído: Ficção Científica Feminista" é trata-se de uma coletânea de contos de diferentes autores e autoras com uma abordagem feminista. Quem me conhece sabe que sou feminista, consequentemente atormentada consciência de que mulheres são seres humanos plenos em possibilidades de ser e está no mundo. Navegar pelas histórias contidas nesse livro é uma experiencia deliciosa, inquietante, instigante e diferente, devo a ele uma resenha completa, sei disso. Por hora, você podemo conferir a opnião da Sybylla lá no Momentum Saga, o e-book é gratuito.


"Morte: Edição Definitiva" de Neil Gaiman. Morte dos Perpétuos tem sido minha personagem preferida do universo de "The Sandman" desde o primeiro encontro. Foi uma realização pessoal ter em mãos todas as suas histórias em um volume. E sim, a caneca da foto foi um presente do Alexandre. Como não amar pessoas que respeitam meu gosto por essa personagem conscienciosa, empática, amorosa e fiel aos seus princípios e responsabilidades?


"Mentirosos" de E. Lockhart, ganhei esse livro em um evento promovido pela Editora Seguinte aqui em Recife. De cara classifiquei ele como "drama dos muitos ricos" e rejeitei por longo tempo. Mas, um dia o livro chamou o meu nome, respondi e me deparei com uma autora surpreendente. E. Lockhart é uma mestre contadora de histórias, certeira, não desperdiça palavras, nos faz caminhar em sua história sem que sintamos o peso dos passos e então nos oferece um desfecho inacreditável do tipo "só lendo para saber".


"Kiki de Montparnasse" de Catel e Bocquet. Aaah como não amar a história da simpática Kiki de Montparnasse? Só de pensar nessa HQ me vem um sorriso ao rosto. Kiki viveu no inicio do século XX em meio a boemia francesa, foi uma mulher dona de si e de seu corpo com um coração enorme capaz de inspirar vários artistas tanto no terreno da pintura quanto no da fotografia. Ela foi uma mulher livre, viveu segundo suas normas e desfrutou da experiencia de exercer sua liberdade. A forma despretensiosa, quase zombeteira, com a qual ela sustenta a si nos quadros e fotos já me inspirava antes de conhecer sua história.


"Violent Cases" de Neil Gaiman e Dave McKean. Minha coleção de Neil Gaiman só cresce, assim como minha sensação de intimidade ao adentrar nesse mundo despretensioso, porém cativante criado por ele. Em "Violent Cases" um homem rememora um episódio de sua infância onde o osteopata de Al Capone, festas infantis e situações de violência se encontram. A proposito, o produto da soma "Gaiman + McKean" tende a ser algo levemente perturbador.


"Precisamos Falar Sobre o Kevin" de Lionel Shriver: por esses dias um rapaz entrou em uma igreja americana e matou várias pessoas. Tal fato causou comoção, o próprio presidente Obama esteve no velório das vitimas, citou cada uma delas pelo nome, entoou um cântico espiritual com os parentes e amigos das vitimas. Me arrepiou a situação, me arripa a recordação. Situações assim parecem ser dolorosamente comum nos EUA e Lional Shriver se propõe a refletir sobre como esse tipo de jovem é gestado ao contar a história de Kevin Khatchadourian, 16 anos – autor de uma chacina que liquidou sete colegas, uma professora e um servente no ginásio. Quem narra a história é a mãe dele, sempre o réu principal no tribunal social no qual são distribuídas as culpas.


"Azul é a Cor Mais Quente" de Julie Maroh. Pensando nesse livro me pergunto se houve algum momento na história do Ocidente no qual a homoafetividade fosse tão discutida e os homossexuais brigassem com tanta coragem por seus direitos. Uma das personagens de "Azul é a cor mais quente" é militante nessa batalha, mas o HQ não é sobre isso. Ele é sobre amor, solidão, dor, desamparo. Como disse o Rafael, em raro momento de lucidez: "Não é uma história de amor, é um drama!". Mas também não é só drama, é belo, humano, cálido e inesquecível. Obrigada Rafael!


"A Vida Privada das Árvores" de Alejandro Zambra. Pense em um texto no qual não sobra uma misera palavra, virgula ou adjetivo. Pensou? Pois eu também, e a minha resposta imediata foi: "A vida privada das árvores". Esse chileno escreve com lirismo, atenção ao cotidiano e economia de palavras. Em um mundo cada vez mais prolixo, onde é comum usar muitas palavras para dizer "pouco e menos ainda", ler um texto assim é um refrigério para a alma, uma lição de escrita também.


"O Príncipe dos Canalhas" de Loretta Chase, esse livro foi quase um alivio cômico em um "TOP 10" onde reinaram dramas. A Loreta Chase é divertida, tem escrita leve e um pouco fora do comum. Ri muito lendo "O príncipe dos canalhas", me apaixonei pelo Lord Belzebu, estou pedindo mais dessa autora para a minha vida. Como ela escreve bem e é humorada!



Menções Honrosas: nesse primeiro semestre de 2015 tive o prazer de reencontrar dois velhos e queridos amigos. Eles estava com roupas diferentes das usadas em nossos encontros anteriores, mas não menos honrosas. "O Amante" de Marguerite Duras veio em forma de e-book e "Stardust: O Mistério da Estrela" de Neil Gaiman em formata de livro ilustrado. Esses livros são velhos amigos, com os quais é bom reencontrar pois trazem consigo tanto novidades como histórias inesquecivelmente acolhedoras, reler é como reencontrar consigo mesmo em tempos diferentes.

Ponderações sobre as leituras a partir da lista:
  • O kobo me conquistou, possui um grande espaço em minha rotina de leituras. Metade de meu top 10 ser composto de e-books denuncia isso;
  • Neil Gaiman pode não ser meu autor preferido, mas é mais lido. É o único autor com 2 livros na lista;
  • HQs é definitivamente um dos meus gêneros textuais preferidos, dos 5 livos físicos, 4 são HQs; e
  • Nossa como teve drama nesse "TOP 10", ao menos 4 livros tiveram essa pegada, para o próximo semestre mais amor por favor!
Para conferir a lista do Luciano, clique na imagem abaixo!


quarta-feira, 24 de junho de 2015

TAG Neil Gaiman

Há algum tempo encontrei no .Livro a "Tag Neil Gaiman". A primeira coisa que pensei quando vi foi: "Isso é coisa da Lu!" e a segunda: "É obvio que vou responder!". Realmente era coisa da Lu, lá no "Aceita um leite?" é possível conferir as respostas dela e aqui vão as minhas.



1 - Coraline - Coraline: Aquela vez que você precisou tomar cuidado com o que desejava.

Tentei lembra um momento especifico para contar. Não consegui. Explico: acredito em um "Deus que realiza os desejos do nosso coração" e no poder das palavras (o próprio Deus criou o mundo a partir delas), para completar, sou o tipo de pessoa que leva TUDO a sério... assim... todos os dias tomo cuidado com meus desejos e tenho certo medo deles e onde me levarão.

2 - Richard Mayhew - Lugar Nenhum: Aquela vez que você se sentiu em casa longe de casa.

Em uma paráfrase descarada: Basicamente em São Paulo.

A parte isso, sempre que abro um livro de um autor querido me sinto em casa, por isso independente do destino levo a Bíblia, o Kobo e um livro físico comigo.

3 - Shadow - Deuses Americanos: Aquela vez que você se viu rodeado de pessoas incríveis.

Quando estou com os irmãos da minha mãe, eles são meus heróis de infância.

4 - Wednesday - Deuses Americanos: Aquela vez que você precisou batalhar por si mesmo.

Quando precisei conquistar uma profissão para chamar de minha. Uma coisa é desejar ser uma coisa, outra é conseguir ser, há todo um caminho a percorrer: conquistar uma vaga no pré-vestibular, conseguir a inscrição (na minha época era paga, cara e eu não queria pedir a ninguém #orgulhosa), o nome no listão, todo o processo da graduação, o emprego...

5 - Anansi - Os Filhos de Anansi: Aquela vez que o mundo foi seu parque de diversões.

Naqueles momentos no quais consigo envolver as crianças/adolescentes nas atividades propostas e a aula flui... Nesses momentos o mundo é um carrossel de parque de diversão... Eu rio alto e sinto o sabor do vento enquanto galopo no cavalo de madeira azul.

6 - Timothy Hunter - Os Livros da Magia: Aquela vez que você descobriu os próprios poderes.

Quando soube que meu nome estava no listão dos aprovados na seleção do "Pré-Acadêmico da UFRPE". Sentir a distancia entre mim e meus sonhos diminuir ali.

7 - Orquídea Negra - Orquídea Negra: Aquela vez que você precisou mostrar os seus poderes.

Abril de 2014, foi um mês tenso e houve dois momento, um para cada instituição na qual trabalho, nos quais todos os super-poderes foram revelados.

Foi assustador, empolgante e surpreendente colocar tudo para fora e nunca me senti tão exposta, frágil e forte. Foi épico! Houve quem dissesse "é mais macho que muito homem". Ganhei repeito, amores e ódios, alguns dos quais perduram até o momento.

Há bem e mal em mostrar seu modulo 100%,  mas todo mundo devia mostrar seus super poderes uma vez na vida, só pelo prazer de se sentir protagonista da história.

8 - Destiny - Sandman: Aquela vez que você percebeu que não dava para lutar contra a corrente.

Em novembro de 2013 meu mantra era: "A gente não pode consertar o mundo sozinha!", me sentia sufocada, caindo, desaparecendo, me afogando. O jeito foi me deixar levar pela corrente. No momento me sentir vencida, mas agora, nesse exato momento, isso não é uma metáfora, entendo o quanto parar de brigar com a corrente me fez ser capaz de reunir a energia necessária para a catarse de abril de 2014.

9 - Death - Sandman: Aquela vez que você precisou dar uma lição em alguém.

Se eu disser que agora mesmo tenho uma lista de pessoas com as quais vou ter uma conversa séria vocês acreditam? Sou professora e irmã mais velha de um cara "mala sem alça", é parte constitutiva da profissão dar lições.... hohohoho Por isso amo a Death, ela faz o trabalho dela porque é o trabalho dela e ainda se importa a ponto de se encontrar com a pessoa e dar lições.

10 - Dream - Sandman: Aquela vez que você aprendeu uma grande lição.

Quando eu vi Mainha cuidando do pai do meu pai - Voinho - durante a convalescença dele diariamente. Voinho foi um ótimo avó durante toda minha vida, mas nem sempre foi um ótimo sogro para minha mãe. E isso não fez diferença no julgamento dela. Ela me deu a maior lição de cristianismo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Top 10: Melhores Livros de 2014 [Segundo Semestre]

Quem propõe esse Top 10 é o Luciano do .Livro, ele tem colocado só a imagem dos 10 melhores com link indicando as resenhas (confira aqui). Como não sou disciplinada a ponto de resenhar os melhores livros decidi colocar minha lista e falar sobre cada livro seguindo mais ou menos a ordem de leitura, como fiz no primeiro semestre.


Divertido e viciante tem uma das melhores protagonistas já inventadas, a Alexia consegue ser divertida, autônoma, inteligente e empoderada. O passado pela Gail para Londres tem direito a lobisomens, vampiros, fantasmas, pessoas sem alma, cientistas, diversidade sexual, intriga, diversão e muito chá. Li rapidamente o vol. 1, peguei o 2 via kobo e estou aguardando ansiosamente o vol. 3.






Quando eu vi a série "Os Hathaways" de cara não me interessei muito não violão. Mas, a Michele, minha alma gêmea me enviou "Desejo à meia-noite" pelos correios e bem... Simplesmente me apaixonei pela Lisa Klaypas. Romances de época não tem (como uma dissertação, tese ou texto acadêmico) um compromisso com a a historiografia do período no qual se passam, as autoras não tem nenhum compromisso com o possível, então vale deixar os conhecimentos acadêmicos de lado e se jogar. Eu me joguei muitooooooo na Inglaterra da Lisa, amei seus personagens. Me identifiquei muito com a Amélia, irmã mais velha dos Hathaways e amei o cigano Cam.

Cam é cigano, não é branco e nem cristão. Não tem vergonha de suas origens, das tradições de seu povo ou de ir atrás daquilo que deseja. Ele e a Amelia resolvem seus conflitos também na conversa. É um romance século XIX com cara de século XXI, mas quem se importa?



Eu não poderia simplesmente deixar "As aventuras de Sindbad, o terrestre" fora dessa lista. Simplesmente não se ler um texto escrito a mais de mil anos atrás todos os dias e quando se faz isso é preciso comemorar. O mundo árabe que emerge da escrita dess@ escrit@ anônim@ é recheado de cenas urbanas, com uma enorme diversidade étnica e cheio de mulheres empoderadas: rainhas (por direito hereditário e não por serem casadas com reis), mães sábias, guerreiras, esposas capazes de abandonar o marido quando se sentem enganadas. É lindo! E reforça meu amor sempre crescente pelo mundo árabe \o/


Como já tinha dito antes, "Claros sinais de loucura" tem uma pegada de literatura infantil terna, delicada, sensível. A protagonista é a Sarah Nelson, uma menina de 12 anos com um passado delicado. Ela escreve diários, gosta de ler, de procurar o significado das palavras no dicionário e ocasionalmente criar seus próprios significados para as palavras, enquanto procura em si mesma sinais de loucura.

Me identifiquei muito com ela, aos 12 anos também procurava em mim sinais de loucura. Hoje procuro sinais de sanidade, continuo escrevendo diários, gostando de ler, de procurar palavras no dicionário e criar meus próprios sentidos para elas. Uma lágrima, um sorriso e uma flor para esse livro perfeito.

"Fahrenheit 451" foi um livro sobre o qual muito ouvi falar antes de ler e acabei lendo para o Desafio Calendário Literária, ainda não falei sobre ele, mas pretendo fazer em um post decente. O livro é uma distopia, mas também tem uma pegada existencialista fortíssima. Ray Bradbury é reflexivo e consciente da realidade na qual vive, percebe o mundo a sua volta, se questiona e na duvida projeta um futuro...

Grande parte do futuro projetado por Bradbury tem se tornado real e as vezes parece um pesadelo. Muitas vezes acordo e penso está em uma distopia... lendo Bradbury eu quase tenho certeza... Companheiros a vida é assustadora, mas livros como Fahrenheit a medida que nos tornam conscientes do caos existencial também nos oferecem um núcleo de esperança... É estranho, sensível e quente por dentro, como um coração de um gatinho que bate em nosso colo noite a dentro.

"Dias da Meia Noite" de Neil Gaiman


Como já disse outras cem mil vezes, para mim Neil Gaiman não é apenas um dos meus autores preferidos, ele é um amigo. Um amigo com o qual posso sentar no meu canto favorito do sofá, agarrada com minha cuia de chimarrão para conversar longamente sobre histórias. "Dias da Meia Noite" é uma coletânea de histórias contadas pelo jovem Gaiman através da linguagem dos HQs, nele encontramos personagens lindos em situações nas quais é impossível não ama-los.

É muito bom está com o Gaiman, não tem como não colocar esse entre o meu top 10.




"O gato do rabino, vol. 1: Bar Mitzvah" e "O gato do rabino, vol. 2: o Malka dos Leões" de Joann Sfar


Joann Sfar é simplesmente GÊNIAL. Achei esses dois volumes no meio de uma pilha de livros a dez reais na última FLIPORTO, já tinha detonado meu bônus de R$ 150,00 Dilmas, mas não resisti a ele. Não me arrependo, aliás me arrependo sim, de não ter trazido mais deles para presentear, tenho uma lista de pessoas que iam gostar muito desse gato falante.

Ele tem o habito de observar os costumes e as formas como as pessoas se relacionam com o sagrado e relacionam o sagrado com sua vida e é capaz de nos emocionar e fazer ri quando verbaliza sobre o produto de suas observações. O judaísmo e o dialogo entre judeus e muçulmanos emerge do texto com uma grande sensibilidade, com humanidade.

"Sandman: Os Caçadores de Sonhos" de Neil Gaiman e Yoshitaka Amano


Esse livro é uma obra de arte! O dialogo entre Gaiman e Yoshitaka Amano é perfeito, um completa o outro contando uma história dramática, porém sem drama ou exageros e quando você termina simplesmente respira fundo e quase sente  uma lágrima solitária cair... Não tem um artigo ou preposição a mais no texto do Gaiman, não tem um traço a menos na arte de Yoshitaka Amano. Simplesmente uma obra de arte.

"Astronauta: Magnetar", vol. 1 Graphic MSP de Danilo Beyruth


A história do Astronauta, primeiro personagem de Mauricio de Souza foi a primeira a ser reescrita no projeto totalmente bem sucedido "Gaphic MSP". Danilo Beyruth através desse personagem uma história de amadurecimento, encontro com a humildade e reencontro com as raízes linda. Danilo brilhou, dominando o gênero ficção cientifica com maestria. Já estou me coçando para ter o volume 2 em mãos!

Por fim, a série "Guerreiras Mágicas de Rayearth Edição Especial da CLAMP". Eu li esses mangás na adolescência e acompanhei o anime episódio a episódio mais de uma vez. A leitura só me trouxe boas recordações, uma sensação de acolhimento e a alegria de ter em mãos o trabalho de pessoas tão competentes como as meninas da CLAMP. Não existe um caminho através do qual eu não ame essas guerreiras e não valorize as lições de força, coragem, amizade e afeto que aprendi com elas. Foi um lindo reencontro, ter esse manga em minha estante é a realização de um sonho!

domingo, 26 de outubro de 2014

Uma História de Abraço [Coração 010]

Ele só queria.
Ele só queria alguém que se importasse com ele.
Alguém que lhe desse um abraço.
Alguém que lhe aquecesse.
Ninguém queria.
Quando eu te abraço no escuro, o escuro não vai embora.
Coisas ruins continuam a existir lá fora.
Os pesadelos ainda caminham.
Quando eu te abraço não é mais seguro, mas é melhor.
"Tudo bem", a gente sussurra.
"To aqui amor".
E mentimos: "Nunca vou te deixar".
Por apenas um instante o escuro não é assim tão ruim.
Quando te abraço.
(Neil Gaiman, Abraço, pg. 24 In: Dias da Meia-Noite, pg. 100)
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Sexta-feira passada, para não variar, foi mais um dia cansativo. Cansativo o suficiente para me fazer abrir mão de meu orgulho de educadora capciosa. Decidi não fazer com as crianças a jornada do primeiro andar para o térreo e oferecer o lanche na sala mesmo. Consequentemente precisei subir  e descer a rampa com a bandeja do lanche.

Foi no momento da descida, um pouco antes de depositar na cozinha a enorme bandeja do lanche, que impede minha visão de qualquer coisa abaixo da altura do peito, que fui surpreendida pelo abraço do L.

O L. tem quase 4 anos agora, é um magricela enorme, de ossos agradavelmente pesados e carinha de criança bem nutrida. Nós nos apaixonamos a primeira vista. Ele sorriu para mim, eu sorri para ele e BUM, fez-se um mundo! Aliás, quando agarrou minhas pernas a bandeja também quase fez bum no chão com pratos, copos e restos de bolo. Por um golpe de sorte tudo se equilibrou e como em um fleche o L já estava nos meus braços para abraçar, cheirar, beijar e morder com amor, pois todos sabem que mordidas de amor não doem e fazem as crianças se derreter em sorrisos.

Abraços não resolvem os problemas do mundo, mas fazem tudo tudo tudo mesmo valer a pena.

Hoje, acordei mais cedo do que de costume para um domingo e me peguei lendo a edição de "Dias da Meia-Noite" que o Rafael me enviou. Como já disse outras vezes, Neil Gaiman é um amigo com o qual posso sentar no meu canto favorito do sofá, agarrada com minha cuia de chimarrão para conversar longamente. Foi dessa forma que eu ouvi uma emocionante história de abraço, mesmo que o assunto do momento seja "As eleições Presidenciais", simplesmente precisava escrever essa minha história de abraço.

Ah, Rafael, não se gabe muito, mas talvez você esteja certo: "Tudo o que as pessoas precisam é de um abraço!".

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Top 10 Livros do Primeiro Semestre de 2014

Nos seis primeiros meses de 2014 consegui o feito de ter lido o dobro da quantidade de livros de 2013. Então, imitando descaradamente o Luciano do .Livro, resolvi fazer uma lista dos meu "Top 10 dos Livros Mais Marcantes Livros de 2014.1". Esse vai ser um post longo.


"Nebulosidade Variável" de Carmem Martin Gaite - 372 páginas - Companhia das Letras

Esse livro é daqueles inesquecíveis, ele me fez companhia ao longo dos dois últimos anos. Nele Carmem Martin Gaite nos apresenta um romance epistolar no qual se conta a história de duas amigas de infância (Sofia e Mariana) cuja vida separou durante anos e tratou de unir novamente. Através da escrita de suas cartas Sofia e Mariana repensam suas vidas e encontram coragem para tomar novos rumos, ajeitar a vida e nos convidam a fazer o mesmo. Uma hora eu me identificava com Sofia em outra com Mariana e atualmente está difícil devolver o livro a Vaneza. Quando fui fazer a imagem para colocar no post juntei tudo o que o livro representa para mim, coisas do presente, do passado distante ou recente e projetos para o futuro, lembranças doces e amargas, sonhos realizados, não realizados e por realizar. Vou levar essa história comigo para sempre.


"A menina do fim da rua" de Laird Koenig - 193 páginas - Círculo do Livro

Esse com certeza é um dos livros mais sintéticos, limpos, bem escrito e coeso que já li. Incrível como Laird Koenig consegue escrever sem deixar nem mesmo um pronome sobrar. Denso sem ser pesado, nele se conta a história de Rynn, uma menina de 13 anos, leitora voraz, independente, auto-suficiente e cheia de mistérios. Junto com o garoto Mario, um magico, vamos descobrir o que ocorre no primeiro ano do resto da vida dela.








"Sushi" de Marian Keyes - 574 páginas - Bertrand Brasil.

Como o gênero "chick it" convida a supor, esse é um livo leve. A Marian Keyes é despretensiosa em sua escrita, divertida, prolixa até não mais poder. Mas, brincando e nos fazendo ri, ela acaba discutindo vários dilemas práticos femininos do século XXI, ela faz algo muito parecido com o que Jane Austen fez no inicio do século XIX. Devia ser legalmente proibidos aos homens lerem Marian Keyes. Me identifiquei até não mais poder com a Ashling e estou louca para reler "Sushi". Mi, obrigada obrigada obrigada, três vezes, porque 3 é um número magico para mim, por trazer a Marian para a minha vida.






"O Oceano no Fim do Caminho" de Neil Gaiman - 208 páginas - Intrínseca

Há quem diga que esse livro é uma fábula, o Rafael Castro garante ser ele um conto de terror, alguém pode dizer que é uma história fantástica, mas eu digo: o livro é um fio, uma ponte. Ao contar a história de como um garoto viveu uma experiencia fantástica conhecendo os limites da vida e da morte Gaiman teceu um fio através do qual qualquer pessoa de boa vontade pode ser levado até as suas memórias de infância. Não foi sem choque que percebi o quanto me identifico com o garoto da história.

Mais sobre esse livro em: Sobre "O oceano no fim do caminho" [Desafio Calendário Literário"]



"Ex-Libris" de Anne Fadiman - 162 páginas - Jorge Zahar 


Se você viveu aventuras com os livros, ama os livros, tem histórias sobre livros a contar, se permita conhecer as histórias da Anne Fadiman, você vai ri muito, arregalar os olhos, se enternecer bastante. E, se for uma leitora voraz do tipo romântica, vai sentir uma inveja danada da mulher, afinal ela conseguiu alguém disposto a juntar seus livros aos dela para compor uma biblioteca fantástica. Se você já encontrou alguém para juntar os livros dele aos seus então você vai sentir uma grande empatia com ela... #IndicoDemais

"Turma da Mônica: Laços" de Vitor Cafaggi, Lu Cafaggi - 84 páginas - Panini.

Esse foi um dos mais lindos Grafic Novel que já li. Impressionante como os irmãos Vitor e Lu Cafaggi conseguiram capitar a essência da "Turma da Mônica" e escrever uma história cheia de ternura, carinho, lirismo e bons sentimentos. Em "Laços" eles contam a história de como o cachorro do Cebolinha some de casa e toda a turma se junta para ir atrás dele. Na história está em destaque as principais características de cada personagem da turma, a saber: a capacidade criativa do Cebolinha para criar personagens e planos infalíveis, o temperamento explosivo da Mônica, o jeito tranquilo e precavido (especialmente em relação a comida) da Magali e a forma como o Cascão consegue reaproveita/reciclar qualquer coisa. É um orgulho ver um trabalho assim escrito em língua portuguesa.

Mais sobre esse livro em: " Resenha 082 - Turma da Mônica: Laços"

"Os Pequenos Perpétuos" de Jill Thompson - 52 páginas - Brain Store.

Esse livro foi presente do Rafael, uma memória material de nosso encontro. Nele Jill Thompson resgada os personagens clássicos do quadrinho "The Sandman" de Neil Gaiman e constrói uma história super fofa na qual a protagonista é a Delírio, a mais nova dos irmãos Perpétuos, e o seu cachorro Barnabas. Pense em um texto delicioso e encantador. Pensou? Pois é, esse é o que a Jill escreveu aqui. Indico muito, a crianças de todas as idades.

Ah, em tempo, "Os Perpétuos" são Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero e Delírio, eles sintetizam os principais aspectos da vida, existem desde a aurora dos tempos e moldam a realidade em todos os mundos.



"Sailor Moon #1" de Naoko Takeuchi - 240 páginas - JBC.

Quando finalmente abri e li o tão aguardado volume 1 da "Sailor Moon", mal consegui conter a emoção, faltou pouco para chorar. Foi um tipo de presente da mulher que sou a menina que fui. Bastou ver o Tuxedo Mask e a Usagi para sentir uma onda de amor e ternura invadindo meus olhos, coração e alma. Foi como voltar no tempo e ser novamente uma garota. Eu amava o Tuxedo, Endymion, Mamoru, Endymion... E sei lá o nome dele, só sei que olhando assim acho que ainda amo.

Tem coisas da infância que nos acompanham para sempre! Que bom!



"Jogos Vorazes" de Suzanne Collins - 397 páginas - Rocco - Jovens Leitores.


"Jogos Vorazes" é classificado como infanto-juvenil e certamente a Suzanne Collins construiu um texto com linguagem simples e definitivamente seus personagens são adolescentes. Porém a forma como ela abordou questões de sobrevivência, relações humanas e a influencia da mídia na sociedade do espetáculo na qual vivemos cruzando tudo com uma trama de ficção cientifica elevou o seu texto a qualquer coisa que exige comprometimento e atenção levando o leitor a um grande nível de envolvimento afetivo. Sua leitura me deixou com uma ressaca literária monstro e eu digo sem medo de ser feliz esse é um livro épico da introdução a conclusão!


"Quando Tudo Volta" John Corey Whaley - 224 páginas - Novo Conceito.

John Corey é um autor de escrita fácil, fluida, ele escreve como se estivesse conversando com você. Nesse livro ele conta a história de algumas pessoas que viveram um verão muito estranho na cidade de Little no interior do Estados Unidos. Litter é o tipo de lugar tranquilo do qual os pós-adolescentes anseiam fugir, para qual os jovens costumam voltar e os velhos se conformam em se deixar ficar. Mas em um verão desses se levanta a hipótese de que um animal extinto reapareceu na cidade e tudo muda por lá. Uma agitação percorre o ar. Mas, o que movimenta a trama da vida cotidiana de Cullen Witter, o protagonista dessa história, seu melhor amigo Lucas e sua família não é o aparecimento desse animal e sim o sumiço de seu irmão caçula.

"Quando tudo volta" é uma leitura que convida a desacelerar, a pensar. a ponderar.... Os seus personagens são tão humanos em seus limites, virtudes e fraquezas que nos cativam. Foi fácil me senti a amiga de Cullen, Lucas, Mena e até da Ada. Deixá-los após a 220ª página entregues a continuidade de suas vidas chegou a ser doloroso, esse é o tipo de livro cujos personagens permanecem comigo muito tempo depois do fim da leitura, talvez até para sempre.

Mais sobre esse livro em: "Resenha do livro " Quando Tudo Volta " de John Corey Whaley"

Bem, essa foi minha lista, nem acredito que já se foi o primeiro semestre de 2014, como disse Cazuza, "o tempo não para" e você que passa por aqui, qual foram os melhores livros lidos esse ano?