domingo, 2 de outubro de 2011

Dialogos entre a Caixa e o Em quantos...

Sim, essa postagem também é para dizer, como faço já tradicionalmente que hoje eu estou lá no Em Quantos... com a postagem:


A sorte das Pipas


Mas, não só para isso, a postagem também é para dizer que levemente inspirada pela Ana Seerig que fez de Setembro um mês para falar de seu estado, Rio Grande do Sul, no Alguma coisa a mais pra ti ler eu pensei em fazer um Outubro com especial aqui na Caixa, mas não vou falar de Pernambuco, vou fazer de Outubro o mês especial de "Diálogos entre a Caixa e o Em Quantos".

E vamos em frente com nossas alegrias e tristezas!

E sim, também quero lembrar:

A Primavera só está começando!

Pescando na primavera, Ponte de Clichy - Van Gogh, Vincent (1887)
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Ah, para não deixar passar, deixo aqui o registro que, enfim, depois de meses de vai não vai, eu cortei o bendito cabelo, meio contra a minha vontade, meio por vontade de mudar algo... Ele já estava longo demais passando da cintura... E sim, agora só me falta o príncipe rsrs...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uma nota...

Acabei de chegar em casa e me sinto determinada a fazer essa nota nesse espaço que é meio blog meio diário, e lentamente começo a perceber que fosse ele apenas diário seria bem mais fácil gravar nessa página em branco o que intento gravar.

Mas, ainda assim vou lá, vou tentar, sei que pode não ser do interesse das pessoas ler esse tipo de coisa, sei que isso pesa e o que vi hoje, apesar de ser chocante, pesado e cabível de reflexão, não vai estampar páginas de jornal ou ser manchete na TV, logo é algo que facilmente ser perde na multidão de memórias.

Enfim, hoje no meio da tarde, quando eu estava no meio de uma aula, falando sobre um historiador marxista que escreveu sobre os trabalhadores ingleses e de como se constituíram e foram constituídos uma classe de repente uma sirene de ambulância interrompeu nossa concentração e a noticia de que uma moça havia pulado do Centro de Filosofia e Ciências Humanas.

Como eu fiz todo o meu curso de História na Federal Rural, quando algo assim acontecia na Federal chegava a mim apenas por eco...

Agora não, estando na Federal isso chega a mim em forma de experiência. Aqui esse tipo de evento parece fazer parte da vida acadêmica da gente, de repente você está em aula e uma sirene toca, de repente você sai do prédio e tem uma menina jovem estirada no chão, de repente você chega na parada e o único assunto entre todos é esse, de repente os que estão ali a mais tempo parecem achar isso simplesmente natural e o eco começa a se espalhar entre os universitários da cidade...

E eu estou escrevendo no meu blog/diário essa experiência tão estranha... Uma nota apenas, com um sabor muito amargo misturada a algumas lágrimas que não tem nenhum sentido de ser, afinal, não era nenhuma das minhas... Mas poderia ou pode vir a ser... Eu não sei!

Engraçado, ontem mesmo estava lendo e reflectindo sobre a Morte com o Rafael, e não, a Morte, ela não pareceu sorrir para os passantes que estarrecidos fitaram seu rosto nessa tarde quente e ao mesmo tempo tão fria...



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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Palavras a alguém, Casimiro de Abreu, um livro e algumas histórias...

Não esse post não é direcionado a ninguém em especial, é que "Palavras a alguém" é o nome de um poema romantico que fez parte da minha adolescencia, da adolescencia de minha melhor amiga e da minha irmã e essa semana em meio a minhas andanças virtuais, sem querer acabei relembrando essa poesia, então me deu vontade de falar sobre esse livro e essa peculiaridade familiar.


Em Outubro de 1965 a Edigraf fez publicar a colecção "Poesia Romântica Brasileira", por algum capricho do destino, ou coisa do gênero, o volume três dessa colecção, que contém uma selecção de poesias de Casimiro de Abreu, Junqueira Freire, Fagundes Varela e Laurindo Rabelo foi parar na casa de Aline, era da irmã dela, como durante nossa adolescência nós gostávamos muito de poesias ela acabou trazendo o livro para a escola e me apresentando.


Esse foi uma companhia constante nos anos de nossa adolescência, várias de seus textos eu sei de trás para frente, de frente para trás...

Casimiro de Abreu, poeta romântico brasileiro que escrevia em rimas cantantes tão bonitinhas falando de amor, saudades, sonhos de uma forma tão terna, foi uma das leituras mais acertadas que fiz ao longo da adolescência.

Sobre ele, diz o livro: nasceu e morreu no Rio de Janeiro entre Janeiro de1837 e Outubro de 1860, aliás, morreu cedo demais aos 23 anos.

Sua obra poética: "Canções do Exílio" (1854); "Camões e o Jau" (1856), drama em 1 ato; "A virgem Loura" (1854); "Camila, Memórias de uma virgem" (deixada incompleta); "Primaveras" (1859), colecção de poesias.

É o Patrono da cadeira nº 6 da Academia Brasileira de Letras.

Esse livro que passou de Andresa a Aline, de Aline a mim, de mim para a Rafaela minha irmã.

Na época que ele chegou aqui em casa, Rafa tinha uns 8 anos, considerando que ela leu entre os 6 e os 7 anos, acho que esse livro esteve com ela por toda a vida...

Nele nós registramos o passar de uma mão a outra, a assinatura de Aline data de 2001, as minhas são dos anos nos quais eu estive lendo ele, 2002, 2003, há ainda uma assinatura de 2004, depois disso houve um grande silêncio em relação a paixonites em minha vida de aborrecente e de certa forma isso se marca no livro, Rafa passou a ter interesse por ele em 2007.

Esse livro faz parte de nossa biografia pessoal, a poesia desses rapazes atravessou os século e no limiar do século XXI continua encantando os que conseguem se encontrar com eles.

E sim, antes que eu me perca totalmente do titulo dessa postagem, entre as poesias desde livro, a intitulada Palavras a alguém sempre está circulando entre mim e Rafaela.

A marcação "Escrever" quem fez foi Aline, há 10 anos atrás.
Sempre que ela me ver me debatendo entre a História, a Filosofia e os muitos problemas envolvendo fé, igreja local, minha denominação, atitudes dos pastores, formas de fazer, viver e praticar o cristianismo ela vai em Casimiro de Abreu, pede licença, se apropria indevidamente de suas palavras e recita para mim seus versos emendando quase sempre a exclamação: "Jaci, conhecimento deprime, um dia tu endoida!"

O que me fez lembrar esse poema e essa história foi o meu amigo Sahge e sua interessante pergunta que pode tranquilamente se voltar para questões de relacionamento...


"Pode a chama da vela
ficar indiferente
às asas da Mariposa?"


Eu sempre penso que é tão da natureza da mariposa está próxima a chama quanto é da chama está atenta a ela, claro que tem o probleminha técnico de que o fogo queima... Mas, como lembra Casimiro deixar a luz também arde.

Por fim, deixo a poesia registrada nessa Caixa:


PALAVRAS A ALGUÉM
Casimiro de Abreu - 1858

Tu folgas travessa e louca
Sem ouvires meu lamento,
Sonhas jardins d'esmeralda
Nesse virgem pensamento,
Mas olha que essa grinalda
Bem pode murchá-la o vento!


Ai que louca! abriste o livro
Da minh'alma, livro santo,
Escrito em noites d'angústia,
Regado com muito pranto,
E... quase rasgaste as folhas
Sem entenderes o canto!


Agora corres nos charcos
Em vez das alvas areias!
Deleita-te a voz fingida
Dessas formosas sereias.
Mas eu te falo e te aviso:
- "Olha que tu te enlameias!" -


Tu és a pomba inocente,
Eu sou teu anjo-da-guarda,
Devo dizer-te baixinho:
- "Olha que a morte não tarda!
"Mariposa dos amores
"Deixa a luz, embora arda.


"A chama seduz e brilha
- "Qual diamante entre as gazas -
"E tu no fogo maldito
"Tão descuidosa te abrasas!
"Mariposa, mariposa,
"Tu vais queimar tuas asas!"


Conchinha das lisas praias
Nasceste em alvas areias,
Não corras tu para os charcos
Arrebatada nas cheias!...
- Os teus vestidos são brancos...
Olha que tu te enlameias!...

domingo, 25 de setembro de 2011

Lembranças da 8ª Bienal do Livro em Pernambuco!

Desde sexta-feira está acontecendo em Recife a 8ª Bienal do Livro de Pernambuco e confesso que desde o inicio do ano a expectativa era muito grande, estava doida para essa feira acontecer e quando começou Setembro eu já comecei a contar os dias, horas, minutos, segundo ciente de que ia ter que gastar... até que... De repente, não mais que de repente eu descobrir que esse ano a Prefeitura da Cidade do Recife liberou o bônus bienal de R$ 450,00 para o povo da Educação Infantil, algo inédito até então, só que não liberou o meu porque eu estou de Licença para estudar Educação, confesso [2] que fiquei triste, como se estivesse sendo punida por querer andar na minha formação profissional.

Mas, mesmo assim, eu sou louca por livros néh, então me munir com minhas armas (economias + cartão de credito) e fui embora com Goretti, Emesson (o filho mais velho dela), Bruna e Camille (as sobrinhas) e sinceramente passamos uma tarde ótimaaaaa!!!

Só para começo de conversa, quando cheguei a Bienal Goretti me fez uma surpresa, ela dividiu o bônus ela entre nós cinco, cada um de nós ganhou R$ 50, 00 para gastar com os livros que desejasse e a gente já começou a caçada felizes e cheios de vontade tanto que no meio do caminho cenas assim eram comuns:

Camille

Bruna
Em qualquer lugar que a gente demorasse mais um pouquinho elas, especialmente Bruna que é mais dada a leitura, se encostavam com um livro para ler! Incrível como criança não tem pudor de sentar em qualquer cantinho... Várias crianças faziam isso, o que não deixa de ser muito fofo!


Emesson já foi mais difícil de ser pego agarrado com um livro, ele não é tão interessado por leitura, é uma trabalho convence-lo da necessidade de ler, mesmo sendo filho de professora e professora que pega no pé, mas até ele foi pego em algum momento pelo encantamento dos livros!


Sim, não podemos esquecer as curiosidades da Bienal, como esses livrinhos pequenininhos:




Do momento contação de Histórias que me deixou novamente com muita vontade de fazer um curso para aprender essa arte tão antiga e tão linda!


Claro, mostro também minhas comprinhas feitas na Bienal 2011:


Minhas parceiras de garimpagem, que foram as responsáveis por consumir grande do bônus de Goretti, sim elas ultrapassaram sua margem, só a Turma da Mônica Jovem levou pra mais de R$ 50,00!


E claro, o que não poderia faltar: Minha impressão em relação a Bienal de Pernambuco!


Aqui esse evento soa mais como feira pedagógica do que como qualquer outra coisa, senti muita falta dos livro de literatura fantástica, de variedades de quadrinhos, dos romances, Literaturas mais especificas, como a Africana, com um preço mais acessível, preço de Bienal, porque tudo que vi nesse segmento estava com preço comum, nada de fabuloso a não ser todas as editoras juntas em um lugar só, não vi grandes promoções dentro dos seguimentos que gosto, excepto a literatura infantil.

Mesmo os livros acadêmicos estavam com preços normais de tabela.

Sei que no último dia haverá promoções, mas tenho a impressão que estas não vão incluir os livros que me interessam. #TouTriste

Não sei se é assim em todos os estados, mas aqui a Bienal parece uma feira do livro voltada para o professor de educação básica, mas do que para o público leitor em geral, acho que os livreiros se organizam assim porque tanto o governo do Estado como as prefeituras da capital, região metropolitana e interior costumam oferecer aos educadores o tal bônus, então eles parecem facilitar no preço de livros que servem de suporte didáctico, livros infantis e paradidáticos.

Os de literatura fantástica, literatura estrangeira, acadêmicos e afins estavam como sempre estão e eu não comprei e me frustrei, esperava melhores preços sim na Bienal, esperava sim promoções, preços mais em conta e não coloquei nenhum na caixa porque comprar livro a preço de tabela eu faço em qualquer época do ano, não preciso de Bienal para isso, mas, por exemplo, gostaria de ver a Coleção História Geral da África por um preço mais acessível, tava por R$ 700,00 e assim não dá, esperava encontrar livros assim ao menos pela metade do preço normal, afinal Bienal é pra isso, ou não? Se tivesse como um bom desconto teria colocado na Caixa com ou sem bônus \o/


Embora confesse que se a prefeitura não tivesse me punido pela ousadia de procurar melhorar minha formação eu realmente teria comprado o vol. 2 da Edição Definitiva de Sandman com quase toda certeza, mesmo estando com o preço normal de todo dia: R$ 145,00.


E sim, também teria comprado alguns livros acadêmicos como o que foi, na minha opinião, o grande lançamento da Bienal, o livro: Educação, Escolarização e Identidade Negra, organizado pelas professoras do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco Eliete Santiago, Claudilene Silva e Delma Silva. Nele está sintetizado o produto de 10 anos de pesquisas sobre relações raciais. 

Segundo Carlos Augusto Sant'Anna Guimarães, trata-se de um trabalho:

"Organizado em 11 capítulos, o livro resulta das dissertações de mestrado defendidas no PPGE/UFPE  entre os anos de 1999-2009, que versam sobre  relações raciais. Aborda questões como: acesso, inclusão e permanência da população negra na escola, racismo e discriminação racial no espaço escolar, currículo e construção de identidade racial, bem como a atuação do movimento social negro e a construção de políticas de promoção da igualdade racial no âmbito da educação."

 

E não, eu não comprei na Bienal porque livro a preço de tabela eu não preciso de Bienal para comprar, na Bienal queria os livros a um preço mais acessível... E sim, é provável que quando eu comprar a minha edição dessa gracinha eu traga algo a respeito para essa caixita!

E para encerrar, eu e Goretti pagando mico geral: